A Superação Através da Nobreza dos Sentimentos Essenciais.
Capitães de Areia – Jorge Amado; Pedro Bala já estava tornando-se um homem e acabará de descobrir a história de seu pai, morto durante uma greve. Olhará para o asfalto e perceberá que: ” Talvez ali mesmo, onde ele se sentava, tivesse caído o sangue de seu pai.”; ” Por baixo daquele asfalto devia estar o sangue que correra do corpo de seu pai.”
Após esse racíocinio, o garoto – quase um homem – concluiu algo tão íntimo e superior a pobreza e a mediocridade que o circundava: ” Imaginava-se numa greve, lutando. E sorriam os seus olhos como sorriam os seus lábios.”
Para agradar-se desse raciocínio é necessário uma intertextualidade com Dostoiévski que em Crime e Castigo, sabiamente através de um personagem que se encontrava em estado critico sobre o seu vicio, citou: ” A pobreza não é defeito, isto é absoluta verdade. Sei, igualmente, que a embriaguez não é virtude. Mas a miséria, meu senhor, é um defeito, sim. Na pobreza, ainda poderá conservar a nobreza dos sentimentos inatos, na indigência jamais alguém poderia fazê-lo. ”
Sem mais.
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